10 de julho de 2012

A Ficção Científica e o Cinema: Star Wars Episode V: The Empire Strikes Back

O Episódio IV de Star Wars, três anos antes, deu o mote para uma das mais populares sagas da ficção científica, a epopeia espacial por excelência, o perfeito shoot'em up espacial que todos os restantes tentaram igualar; no entanto, é o Episódio V - The Empire Strikes Back (Irvin Kershner, 1980) - o expoente máximo de Star Wars, um filme a todos os níveis memorável que, num ritmo narrativo irrepreensível, desenvolve os acontecimentos do filme anterior até um clímax inesquecível, autêntico marco na ficção científica (e não só): o combate de Luke Skywalker com Darth Vader e a revelação deste.

Com um enredo quase tão sombrio como o lado da Força escolhido por Darth Vader - por muitos considerado um dos melhores vilões da história do cinema), The Empire Strikes Back passa-se três anos após A New Hope, com Darth Vader a perseguir a Aliança Rebelde liderada pela Princesa Leia. Luke acaba por se separar dos rebeldes e encontra o icónico Yoda, um antigo mestre Jedi que aceita treinar o jovem Skywalker nas artes da sua ordem ancestral. Claro que o treino revela-se tudo menos simples, e quando os seus amigos correm perigo, Luke vê-se obrigado a escolher entre eles e a conclusão do seu treino e o controlo total sobre o seu poder.

Há quem diga que The Empire Strikes Back, sendo o segundo filme de uma trilogia, sobre do problema de ser "o filme do meio", ou seja, de não ter um início e um final absolutamente satisfatórios. É certo que será relevante ver o Episódio IV antes, e apenas o Episódio VI vai dar um final coerente a este capítulo daquele universo, mas nem por isso The Empire Strikes Back é um filme menor ou incoerente; pelo contrário, apresenta-se bastante coeso do ponto de vista narrativo, com acção e reviravoltas suficientes para manter o público curioso quanto ao que se segue. O final, como já disse, é soberbo - e o inevitável cliffhanger em momento algum o diminui.

Do ponto de vista visual, The Empire Strikes Back envelheceu surpreendentemente bem para um filme de 1980 - os efeitos especiais não têm o padrão dos actuais, claro, mas nem por isso perdem o seu encanto ou são menos impressionantes. O Universo criado por George Lucas três anos antes e aqui desenvolvido por Kershner continua a ser vasto e fascinante, do gélido planeta Hoth aos húmidos pântanos de Dagobath, sem esquecer a portentosa Cloud City em Bespin. As poucas falhas que o filme tem acabam por se diluir no seu ritmo narrativo e no portento que é a sua componente visual e os seus cenários.

Em jeito de conclusão, termino com uma nota sobre a banda sonora de The Empire Strikes Back - magnífica como todo o filme, com John Williams a deixar para a posteridade músicas inesquecíveis. Deixo abaixo a famosa "Imperial March", música de Darth Vader, interpretada pela Orquestra Filarmónica de Viena - prova do legado que Star Wars e The Empire Strikes Back deixaram na cultura popular. 9.8/10


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