13 de março de 2014

This happening world (6)

No Polygon, um portal dedicado aos videojogos, um dos melhores artigos de cinema que li em muitos anos: Street Fighter: The Movie - What Went Wrong. Chris Plante assina esta reportagem sobre a produção, no início dos hoje longínquos anos 90, da primeira adaptação cinematográfica daquele que era, e é ainda, um dos mais populares beat'em ups da história dos videojogos. Da inexperiência do realizador, Stephen de Souza, à ingerência corporativa da Capcom; dos problemas com o guião, tão diversos como o vício de Jean-Claude Van Damme em drogas duras ao cancro de que padecia Raúl Juliá (Street Fighter foi mesmo o último filme do actor); dos problemas nos estúdios tailandeses ao descalabro de calendarização e de orçamento - nada é deixado de fora nesta magnífica peça. Quem já tenha visto o filme (e será difícil não ter nele tropeçado a dada altura nos últimos 20 anos) decerto saberá quão mau ele é; o artigo de Plante explica como tal foi possível. Fica como leitura mais do que recomendada

CD Projekt RED adia o lançamento de The Witcher 3: Wild Hunt para Fevereiro de 2015. O anúncio, avançado por Nathan Grayson no Rock, Paper, Shotgun, foi feito pelos responsáveis do estúdio polaco numa carta aberta publicada no portal de The Witcher
We recently reexamined what we had achieved thus far, and faced a choice about the game’s final release date. The decision we made was difficult, thoroughly considered, and ultimately clear and obvious. We could have released the game towards the end of this year as we had initially planned. Yet we concluded that a few additional months will let us achieve the quality that will satisfy us, the quality gamers expect from us. Consequently, we have set the release of The Witcher 3: Wild Hunt for February 2015.
Dito de outra forma: será lançado quando estiver pronto, uma máxima que tem vindo a perder força numa indústria cada vez mais constrangida por resultados trimestrais e por lançamentos apressados de jogos mais ou menos inacabados. À primeira vista, esta é uma excelente decisão da CDPR; em Fevereiro do próximo ano, quando a nova (porventura última?) aventura interactiva de Geralt of Rivia estiver disponível, veremos se terá sido justificada. 

No Tor.com, Ryan Britt lança a discussão e a polémica: na filmografia de Alfonso Cuarón, será Harry Potter and the Prisoner of Azkaban um filme melhor que o recente e aclamadíssimo Gravity? O exercício tenta comparar algo quase incomparável, pelo que talvez a coisa possa ser arrumada de outra forma: dos oito filmes da série Harry Potter, The Prisoner of Azkaban será sem dúvida um dos melhores, se não mesmo o melhor; Gravity, sendo sem dúvida um filme extraordinário, será porventura o seu grande feito em termos técnicos; e entre ambos, como não podia deixar de ser, encontramos Children of Men - um filme tecnicamente irrepreensível com uma história formidável, que será talvez o seu melhor trabalho. 


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