26 de julho de 2013

M. John Harrison (1945 - )

Alguns autores que dão contributos importantes a um ou dois géneros literários; outros, dedicam-se a subverter as suas fundações e a mostrar alternativas; mas diria que poucos serão capazes de fazer as duas coisas em simultâneo e com mestria como o britânico M. John Harrison. Publicado pela primeira vez em 1966 na revista Science Fiction, Harrison veio a colaborar com Michael Moorcock na revista New Worlds, onde ganharia força o movimento "New Wave"; durante a sua passagem pela revista entre 1968 e 1975 publicou ficção curta, escreveu críticas e foi editor. O seu primeiro romance publicado foi The Commited Man, em 1971 - ano em que também publicou The Pastel City, um clássico de fantasia que abre a série Viriconium (continuada em 1980 por A Storm of Wings e em 1982 por In Viriconium, para além de vários contos - muitos dos quais se encontram compilados na antologia Viriconium Nights, de 1985). 

Na ficção cientifica, revolucionou o sub-género da space opera em 1975 ao torná-lo desolador e gritty com The Centauri Device, uma história tão fascinante situada num futuro em que a Humanidade se expandiu pela Galáxia, e para lá levou todos os seus problemas (curiosamente, o próprio Harrison afirma detestar o livro). Após alguns anos a publicar noutros géneros, regressou à ficção científica em 2002 com o aclamado Light, primeiro livro da trilogia Kefahuchi Tract que continuaria com Nova Swing (2006) e Empty Space (2012). Com esta trilogia venceu os prémios James Tiptree, Jr. (Light, 2003), Arthur C. Clarke e Philip K. Dick (Nova Swing, 2007 e 2008 respectivamente). A sua prosa rica, densa e quase abstracta é uma das suas imagens de marca. 

Michael John Harrison nasceu em Rugby, no Warwickshire (Reino Unido) em 1945, e celebra hoje 68 anos. 

Sem comentários: