6 de fevereiro de 2013

O "Público" e as adaptações cinematográficas

Fora de Portugal, o professor de guionismo da UBI [João de Mancelos] elege a história de um amor adiado em plena Segunda Guerra Mundial, Expiação, escrito por Ian McEwan em 2001 e realizado em 2007 pelo britânico Joe Wright. Na opinião deste professor, o espírito de reencarnação e predestinação imaginado por Stephen King, em 1977, foi igualmente bem captado por Stanley Kubrick em Shining (1980), que também realizou 2001: Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971). [Público]

Não se percebe o "também" a referir-se a 2001: Odisseia no Espaço - o filme, ao contrário do que se possa pensar, não é uma adaptação de um livro, pois tanto o filme de Stanley Kubrick como o livro de Arthur C. Clarke resultaram de um projecto conjunto de ambos. Já Laranja Mecânica é, de facto, uma adaptação (muito fiel, por sinal) do clássico de Anthony Burgess - e talvez merecesse mais do que uma referência de passagem. É pena que um artigo publicado num órgão de comunicação social dito "de referência" tenha tanto medo do Fantástico e não mencione algumas mas mais conhecidas e bem sucedidas adaptações cinematográficas, como Blade Runner, Fahrenheit 451 ou mesmo de The Lord of the Rings (um fenómeno mundial). Entre muitos outros claro. E, já agora, se a ideia era também falar do sucesso de adaptações, então talvez a série Harry Potter merecesse mais do que a ambígua referência final - quase como se Rowling tivesse escrito os livros em função dos filmes. Enfim, é o que se arranja. 

Fonte: Público

2 comentários:

Loot disse...

Realmente, não é difícil numa pesquisa descobrir como nasce 2001 odisseia no espaço. Como existe o livro admite-se automaticamente que é adaptação.

Como alguém que me disse que a personal jesus era um original de Johnny Cash. Pois se o homem era mais velho que os depeche mode automaticamente o original era seu.

e concordo que Scott, Truffaut e Jackson eram nomes que ficavam lá muito bem, mas vou ler o artigo agora

João Campos disse...

O artigo era potencialmente interessante, mas acaba por se colar demasiado às adaptações da série "Uma Aventura". Já agora: eu sei que quando a série estreou eu provavelmente já não estaria na faixa etária adequada, mas a coisa pareceu-me mesmo muito fraquinha...